Ano: 2006 | Localização: Aterro do Emissário Submarino, Santos - SP | Autor: Arq. Flavio Castro
A investigação começou com o tratamento de bordas marítimas, decisão tomada a partir de visitas a Marselha e Barcelona. Na busca de um solar brasileiro para a aplicação de tal tema, em Santos foi encontrada a problemática ideal que abrigaria além da problemática da borda marítima, o tema dos espaços de relação, do vazio urbano, dos enclaves, das topografias e o do complexo projeto arquitetônico de um museu oceanográfico. Temas como a intervenção em centros urbanos, a construção com a paisagem e o papel representado por um aterro em uma cidade foram abordados. A plataforma do Emissário Submarino de Santos, produto de desmontes de obras da construção civil, é considerado um solo ruim e por muito tempo, foi tratado como um bota-fora da cidade. Se parece estar consolidado do ponto de vista sanitarista (plano elaborado por Saturnino de Brito), não é coerente do ponto de vista urbanístico e de desenho. Assim, alternativas para se integrar essa parte ao todo foram dadas, de uma forma coerente com as preexistências e fundamentadas em investigações específicas que permeiam os campos comportamentais do convívio em espaços urbanos coletivos. Novas formalidades impulsionaram novas relações espaciais e sociais. Portanto, o critério de separação e definição dos capítulos foi os diversos enfoques necessários para se tratar, ao mesmo tempo, de um terreno que precisava ser recosturado na malha urbana e a promoção de lazer para uma cidade litorânea carente em equipamentos.